Vinhos da Itália

 

 

 

O país, em forma de bota, tem talento para a diversidade de vinhos. Isso se deve principalmente à geografia acidentada que cria inúmeros microclimas e orienta os vinhedos para as mais diversas direções, afinal, na Itália, 42% do território é constituído de colinas, 35% de montanhas e apenas 23% de planícies, onde se cultiva principalmente gado, arroz e trigo. O calor intenso do Sul só permite a sobrevivência de variedades de amadurecimento tardio como a Nero d’Avola, uva de coloração escura, acidez elevada, alto teor alcoólico e taninos em abundância. O topo das colinas frescas é um refúgio para as vinhas. Na região central, o relevo é formado por sucessão de colinas, as vinhas se espalham entre os olivais refrescados pela altitude da Cordilheira dos Apeninos ou se embrenham nas suaves encostas ventiladas pelo mar. As uvas Sangiovese, Vernaccia e Trebbiano encontram o terreno ideal nessas paisagens. O Norte e o Nordeste, influenciados pelos Alpes, têm as vinhas voltadas para o Sul, orientação que permite maior aproveitamento do sol. Enquanto no Sul e no Centro o topo das colinas é um abrigo para o calor, no Norte as vinhas buscam altitudes menores, onde a temperatura é mais adequada. Nebbiolo, Corvina, Barbera e Pinot Bianco atingem a excelência, produzindo vinhos memoráveis e elegantes.